Está disponível no sitio oficial do INEP um portal com dados do ensino superior. E para oportunizar o debate acerca da necessidade de serem estabelecidas políticas afirmativas para os negros em nosso país, selecionei alguns dados acerca do perfil dos docentes de nossas instituições de ensino superior.
Os dados apontam para a existência de 292.407 docentes no ensino superior. Agrupando-os pela cor/raça declarada chegamos a seguinte constatação: a docência do ensino superior é esmagadoramente exercida por brancos, que representam 70,7% do total. Em segundo lugar vem um conjunto de docentes que não declaram sua raça/cor (16,7%). Os pardos somam 9,4% e os negros apenas 1,7% dos professores universitários.
Os dados apontam para a existência de 292.407 docentes no ensino superior. Agrupando-os pela cor/raça declarada chegamos a seguinte constatação: a docência do ensino superior é esmagadoramente exercida por brancos, que representam 70,7% do total. Em segundo lugar vem um conjunto de docentes que não declaram sua raça/cor (16,7%). Os pardos somam 9,4% e os negros apenas 1,7% dos professores universitários.
O mais preocupante é que este números estão longe de refletir a distribuição das raças em nossa população. Levantamento do IBGE relativo a 2006 indica que os brancos representam 49,7%, os pretos 6,9% e os pardos 42,6%.
Os dados nos mostram também que nas áreas de conhecimento que possuem profissionais melhor remunerados ou nas quais os cursos são mais dispendiosos, a presença negra é menor. Os negros estão um pouco melhor representados na área de educação, com 2,8% do total, enquanto representam apenas 1,1% dos professores das engenharias. Existem 61 professores brancos para cada professor negro nesta área de conhecimento. Na área de saúde e bem-estar esta proporção é de quase 53.
Como para alcançar uma cadeira de professor universitária significa ter alcançado o título de mestre ou doutor, deduz-se facilmente que o funil racial aqui comentado nada mais é do que a reprodução do funil mais geral, de entrada na universidade.O estabelecimento de políticas afirmativas que garantam o ingresso de negros e pardos em maior proporção, igualmente distribuídos entre todos os cursos, é fundamental para iniciar a reversão deste quadro.
Como para alcançar uma cadeira de professor universitária significa ter alcançado o título de mestre ou doutor, deduz-se facilmente que o funil racial aqui comentado nada mais é do que a reprodução do funil mais geral, de entrada na universidade.O estabelecimento de políticas afirmativas que garantam o ingresso de negros e pardos em maior proporção, igualmente distribuídos entre todos os cursos, é fundamental para iniciar a reversão deste quadro.
Um comentário:
Luiz Finalmente, consegui entrar em seu blog. Esta matéria é quente e vou analisá-la hoje. Abraços, João Monlevade
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