sábado, 18 de outubro de 2008

Duas décadas para erradicar o analfabetismo

No dia 14 de outubro o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA divulgou o Comunicado da Presidência nº 12, analisando os recentes dados educacionais levantados pela PNAD 2007.
O documento atesta uma redução da taxa de analfabetismo na faixa etária de 15 anos ou mais, uma queda de 0,4% em relação a 2006. No Brasil ainda temos 10% da população nesta faixa etária analfabeta, sendo que o maior contingente está localizado no Nordeste (20%) e o menor no Sul (5,4%).
Observa-se que na população rural quase um quarto de sua população é analfabeto. Já para a população urbano-metropolitana este índice é de apenas 4,4%.
A concentração de analfabetos na população negra (14,1%) é mais que o dobro da concentração na população branca (6,1%).
Quanto maior a idade maior a concentração de analfabetos, o que evidencia problemas de acesso a escola que grande parte da população brasileira mais velha teve. E, obviamente, demonstra a baixa cobertura e eficácia dos programas de alfabetização de adultos em nosso país. O documento afirma que “sendo mantida tal tendência, a erradicação do analfabetismo no Brasil terá de aguardar por pelo menos outras duas décadas”.

Anos de escolaridade subiu

O documento comenta os dados sobre o número médio de anos de estudo dos brasileiros. O brasileiro tem em média 7,3 anos completos de escola, sendo que o Norte (6,8 anos) e o Nordeste (6 anos) estão abaixo da média nacional.
Os anos de estudo na área rural é praticamente a metade (4,5 anos) na área rural do que o da área urbana (8,5 anos).
Da mesma forma a população negra possui em média 6,4 anos contra 8,2 anos da população branca.
Novamente a média nacional é prejudicada pelo desempenho dos brasileiros com mais de 30 anos, que possuem 6,5 anos de estudo contra 9,1 anos dos que tem 18 a 24 anos.
O documento corretamente reforça a necessidade de “ampliar o acesso a cursos na modalidade de educação de jovens e adultos, a esses segmentos populacionais”, pois isso “implicará na aceleração do crescimento da escolaridade média da população brasileira”.

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