sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Quem quer ser professor?


A Fundação Carlos Chagas e a Fundação Victor Civita realizaram uma pesquisa denominada Atratividade da Carreira Docente no Brasil. O objetivo era investigar os aspectos que os jovens destacam para justificar a atração ou não da carreira docente. Para alcançar este objetivo foram aplicados 1501 questionários direcionados a jovens cursando o ensino médio, de sete estados, distribuídos em 10 escolas públicas e 8 particulares.

Perguntados acerca da escolha do curso que farão no vestibular apenas 2% escolheram pedagogia ou licenciatura e 9% escolheram cursos de disciplinas oferecidas no ensino médio.

A pesquisa encontrou 32% de jovens que já pensaram em ser professores, mas desistiram em função da baixa remuneração, falta de identificação profissional, desrespeito dos alunos e desvalorização social da profissão.

O baixo salário do professor é um dos principais motivos de o estudante do ensino médio não desejar seguir a profissão de docente.

A fundação Victor Civita informou à imprensa que reuniu especialistas na área de educação para discutir as soluções para o problema e identificou oito sugestões:
1. Salários iniciais mais altos
2. Planos de carreira;
3. Melhoria nas condições de trabalho;
4. Formação inicial
5. Formação continuada;
6. Resgate do valor da profissão
7. Boas experiências escolares com os alunos
8. Tratar o professor como profissional.

As profissões mais cobiçadas pelos jovens foram:na rede pública: direito, administração e engenharia. E na rede privada: direito, engenharia e medicina.

As descobertas da pesquisa apenas comprovam o que sindicalistas e pesquisadores vem alertando há muito tempo: a falta de valorização da profissão de professor provocará uma baixa procura e uma baixa oferta de profissionais.

O estabelecimento de um piso salarial nacional com valores muito abaixo do desejável só consolidam este sentimento de que não vale à pena seguir a carreira de professor.

Revisar os atuais planos de carreira e torná-los mais atrativos aos professores também ajudaria muito na superação deste quadro.

4 comentários:

chupeta disse...

Professor Luiz de uma coisa em tenho certeza, a educação tem jeito se todos(governantes, escola, pais, sociedade) quisessem.Mas da forma como é administrada seja no ambito federal,estadual ou municipal não tem como haver atratividade na area do magisterio. Eu sei que são tantos problemas e alguns até simples de serem resolvidos que poderiam evitar a desvalorizalçao da profissão.Vou citar apenas um problemas de facil solução, mas que tem atrapalhado a vida dos docentes, tenho certeza que voce ja ouviu falar. Aqui na minha cidade, se o professor não for da mesma facção politica do prefeito ele será transferido para localidades distante de sua residência e de dificil acesso sem ofertar transporte pra conduzir os docentes.Este é apenas um de dezenas de problemas que os professores enfrentam.Professor Luiz, tem como se motivar com a profissão?

Suely disse...

Luiz,

Parabéns pelo texto,queremos divulgá-lo. Aproveito para solicitar a seguinte informação: o que ocorrerá com os Municípios que não adequaram o piso salarial em janeiro de 2010? O memo deverá ser de R$ 1024,47? Proporcional à carga horária assumida pelo Município, oK. Por favor responder.
Suely Duque Rodarte

Pedro Ivo Carvalho de Castro disse...

Meu querido Luiz,

texto interessantíssimo, seria interessante aprofundar mais na questão, principalmente nós que somos estudantes de pedagogia e de licenciaturas, como é o meu caso cursando pedagogia e história, precisamos debater melhor.
Quanto aos dados da pesquisa, como a porcentagem indicada e comentada por você, poderiamos deixar mais claro, fica a sugestão.
No mais, posso publicar em meu blog esse texto?

Abraços!

Pedro Castro.

Anônimo disse...

Que tal a Ana Júlia dar um lida nessa matéria e ...