terça-feira, 30 de junho de 2009

Fora Sarney, de novo!


O tempo passa rápido e ficamos com a sensação de que a vida vai mudando. Contudo, na política brasileira o velho se confunde e se funde com o novo, contaminando a novidade e fazendo parecer cada vez mais com o passado.

E, por outro lado, os fantasmas do passado continuam vivos e com força política.
Fui às ruas décadas atrás pedir o afastamento da presidência da república do coronel Sarney, antigo quadro da ditadura militar, que só pulou do barco quando percebeu que podia permanecer no poder na chamada nova república.

Fui às ruas pedir o impeachment do presidente Collor de Melo.

E fico abismado como essas pessoas continuam tão poderosas quanto antes. Collor se elegeu senador por alagoas e preside a importante Comissão de Infra-estrutura do Senado, mesmo tendo sido cassado por malversar os cofres públicos nesta área.

Sarney nunca saiu do cenário político, sempre mandando em todos os governos centrais, no Maranhão e no Amapá.

Os recentes escândalos revelados no Senado mostram o quanto o patrimonialismo está presente na política brasileira. O senador José Sarney tem o Estado como uma extensão de sua casa e de seus negócios.

Fico feliz que o PSOL tenha tido a coragem de pedir a investigação de Sarney e Renan no conselho de ética. Mas fico triste em ver o completo silêncio de senadores de origem de esquerda ou tidos como éticos, todos com medo das ligações perigosas que os une com o testa de ferro de Sarney (Agaciel Maia).

Mais revoltante é ver Lula toda hora defendendo um tratamento diferenciado para Sarney.

Está na hora de voltar às ruas, infelizmente contra as mesmas pessoas que, com zumbis, insistem em aterrorizar o nosso povo.

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