quinta-feira, 3 de março de 2016

Perfil do novo presidente do INEP

Esta semana o presidente do INEP pediu demissão.  E a “bolsa de valores” sucessória foi aberta. Mais do que discutir nomes, deveríamos aproveitar o momento para discutir a necessidade de retomada de rumo da instituição, verificar medidas para o seu fortalecimento e aprofundar o debate sobre o peso das políticas de avaliação dentro do seu organograma.
Esta sucessão acontece em momento muito delicado para a instituição. Recentemente a mesma sofreu firme tentativa de desmonte e, ao mesmo tempo, a crise econômica e as opções do governo afetaram seu orçamento.
Devemos aproveitar para discutir que perfil de uma candidatura para a presidência do INEP:
1.       Que seja comprometida com o fortalecimento da estrutura da instituição, evitando perda de competências e finalidades.
2.       Que lute para retomar o peso da pesquisa e produção de indicadores dentro do cotidiano da instituição, hoje totalmente consumida pela dinâmica das avaliações em larga escala.
3.       Que seja comprometido com o fortalecimento do público, não aceitando que o privatismo se apodere de mais espaços dentro da instituição.
4.       Que promova verdadeiro diálogo e garanta transparência na relação com os pesquisadores, com as entidades da sociedade civil e demais atores sociais e institucionais.
5.       Que promova firme e sadia relação com os servidores de carreira, fortalecendo e empoderando os quadros e internalizando conhecimentos.
6.       Que lute para tornar o INEP uma autarquia com sólida autonomia administrativa e de produção do conhecimento, pondo fim ao controle de produção que hoje é feita pelo MEC.

Sei que esses seis pontos já descartariam alguns candidatos, muito vinculados ao setor privado. Com a palavra os candidatos.

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