quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Vanhoni, o fiel (aos desígnios do governo).

Os meios de comunicação repercutem a decisão da Comissão Especial de adiar a votação do parecer do deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR) sobre o PNE para o ano que vem. Parece que prevaleceu, pelo menos neste ponto, o bom senso.

O relator afirmou que não teve tempo pra analisar as 449 emendas apresentadas ao seu Substitutivo. Anunciou também que o ponto mais questionado foi a sua proposta de redação para a META 20, na qual ele introduziu o conceito “investimento público total em educação”.

E saiu com a seguinte pérola:

"Vou mudar para deixar mais claro no relatório, mas estou convencido que 7,5% é suficiente para atender todas as metas que estão no meu relatório", afirmou o deputado.

Felizmente foi adiada a votação e isso certamente permitirá mais mobilização unitária da sociedade civil. E o debate sobre o percentual do PIB deverá ser a principal preocupação de todos os interessados em garantir um plano nacional que seja pra valer.

De qualquer forma quero registrar a minha indignação com a fala do deputado Vanhoni. Depois de seis meses analisando as emendas apresentadas pelos deputados (2915), depois de ouvir a sociedade civil nas audiências públicas nos estados e no plenário da própria Comissão Especial, depois de ouvir as exposições de especialistas na área de financiamento, qual foi a conclusão do nobre deputado? Que o governo tem razão.

Ou seja, o relator está fazendo ouvido de mercador para os anseios dos educadores, recusando-se a ler e ouvir todas as análises técnicas que foram apresentadas e se preocupando apenas em ser fiel ao governo.

A sociedade não está se mobilizando todo este tempo para conseguir melhorar em 0,5% do PIB a proposta enviada pelo Executivo. Isso é um completo absurdo!

Havia dito que o relator estava acendendo uma vela para Deus e outra pro Diabo. A sua última manifestação deixa claro que ele resolveu não viver mais esta contradição e vai acender uma vela somente para o Diabo.

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