Está muito forte o cheiro de um acordo entre deputados e
governo federal e, pelo que tudo indica, quem vai pagar a conta é a educação e
a saúde.
Estão previstas duas votações cujo teor contrariam o
governo. A primeira delas, que interessa mais diretamente à educação, é a
finalização da votação dos destaques ao Projeto de Lei que destina recursos dos
royalties para a educação. A outra votação é o denominado Orçamento Impositivo.
Na primeira o que está em jogo é a tentativa do governo de
reverter a derrota sofrida na última votação da Câmara, quando o plenário
daquela Casa derrubou as alterações patrocinadas pelo governo e aprovadas por
esmagadora maioria dos senadores (contra o voto apenas do senador Randolfe
Rodrigues - PSOL/AP). Faltam votar destaques apresentados pelo PMDB que tentam
reverter o aprovado e manter o texto do Senado. Segundo Paulo César Ribeiro
Lima, consultor da Câmara dos Deputados " a diferença de destinação de
recursos para as áreas de educação e saúde entre o Substitutivo aprovado na
Câmara dos Deputados no dia 26 de junho e o Substitutivo aprovado no Senado
Federal seria de cerca de R$ 191,67 bilhões".
A outra votação é sobre o autodenominado Orçamento
impositivo, mas que na verdade é uma tentativa de tornar obrigatória a execução
de parte significativa das emendas feitas todos os anos pelos parlamentares e
que, via de regra, tornou-se moeda de troca às vésperas de cada votação
importante e possuem baixa execução, especialmente pelos contingenciamentos
feitos pelo governo federal no Orçamento Anual. O texto que vai para votação
estabelece o limite de 1% da receita corrente líquida para as emendas
parlamentares. Esse percentual, de acordo com o valor estimado para 2014,
chegaria a R$ 6,75 bilhões, cerca de R$ 10,4 milhões por parlamentar. A regra
hoje em vigor estipula um limite de R$ 15 milhões por parlamentar, mas esse
índice não é obrigatoriamente cumprido pelo governo.
O governo desembarcou na Câmara com seus ministros mais
expressivos e tenta minimizar os prejuízos e, pelo que se comenta nos
bastidores, parece que os parlamentares estão muito mais preocupados em
garantir as suas emendas, as quais trazem dividendos eleitorais nas suas bases
estaduais do que preservar a destinação
mais significativa para as áreas de educação e saúde.
Tem tudo pra educação e saúde pagarem as conta. Considero injusta a troca que está sendo
feita. Primeiro por que os parlamentares estão priorizando os seus pequenos
dividendos eleitorais e não enxergando a oportunidade nas mãos deles de
garantir que se destine na próxima década um valor maior em duas áreas
fundamentais. Em segundo lugar por que ao agir assim estes mesmos parlamentares
mostram o quanto são sensíveis aos desejos do governo e do mercado.
Um comentário:
Eu so espero é que a Marina Silva arrume logo um partido. É a única que pode desentocar do poder PT/PSDB/PMDB/DEM e seus subordinados traidores do povo.
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