Sei que está todo mundo antenado com o jogo do Brasil de
amanhã. Sei também que notícias que não sejam sobre futebol ou catástrofe não
terão a mínima audiência nas redes sociais e na mídia.
Mas recebi notícia enviada pelo meu amigo Daniel Cara (Campanha Nacional pelo Direito à Educação) dando
conta de que os setores empresariais ficaram muito animados com a possibilidade
de expansão do financiamento estudantil alcançar o mestrado e doutorado à
distância e também o EAD de graduação.
Depois de fazer uma leitura atenta resolvi identificar as
partes do Plano Nacional de Educação que mais alegraram o setor privado. E esta
busca aumentou as minhas preocupações, principalmente por que as fronteiras
entre o que é público e o que é privado na educação estão se desfazendo numa
velocidade assustadora.
1. Os recursos aplicados na
forma do art. 212 da Constituição Federal e do art. 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias;
2. Os recursos aplicados nos
programas de expansão da educação profissional e superior, inclusive na forma
de incentivo e isenção fiscal, as bolsas de estudos concedidas no Brasil e no
exterior, os subsídios concedidos em programas de financiamento estudantil
3. E o financiamento de
creches, pré-escolas e de educação especial na forma do art. 213 da
Constituição Federal.
E esta indicação está
presente também na Estratégia 1.7, que estimula a "oferta de matrículas
gratuitas em creches certificadas como entidades beneficentes de assistência
social na área de educação com a expansão da oferta na rede escolar pública".
E sendo a educação infantil baixa cobertura e forte presença privada, o texto
reforça o caminho privado (conveniamento) para a expansão prevista na Meta 01.
Igual indicação pode ser lida
na Estratégia 11.6, onde está dito que deve-se "ampliar a oferta de
matrículas gratuitas de educação profissional técnica de nível médio pelas
entidades privadas de formação profissional vinculadas ao sistema sindical e
entidades sem fins lucrativos de atendimento à pessoa com deficiência, com atuação
exclusiva na modalidade". este setor já é expressivo e está sendo
turbinado via Pronatec. E mais, a estratégia 11.7 oferece nova fonte de
viabilização da expansão privada via "oferta de financiamento estudantil à
educação profissional técnica de nível médio oferecida em instituições privadas
de educação superior".
No ensino superior, onde esta
política é amplamente difundida também encontramos a reafirmação da mesma
diretriz.
Tanto no ensino
profissionalizante quanto no ensino superior a vontade do governo de crescer a
matrícula via "parcerias" com o setor privado foi mitigada com a
permanência de percentuais mínimos de participação pública na expansão das duas
etapas, textos que sofreram forte oposição do governo.
3 comentários:
Por essas e outras vou votar nulo ou no Ze Maria.
Se o Napoleão Bonaparte fosse vivo e ativo, gostaria que invadisse o Brasil, e descesse sua espada nessa corja que desgoverna o Brasil, melhor seria.
O Brasil vai virando o Chile de Bachelet e o povo...
...o povo iludido com a copa e os estadios que virarão elefantes brancos. Vamos pelo menos ser hexa ja serve de brinde de consolação.
Preciso falar urgentemente com você.
Como faço?
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