Esta semana o presidente do INEP pediu demissão. E a “bolsa de valores” sucessória foi aberta.
Mais do que discutir nomes, deveríamos aproveitar o momento para discutir a
necessidade de retomada de rumo da instituição, verificar medidas para o seu
fortalecimento e aprofundar o debate sobre o peso das políticas de avaliação
dentro do seu organograma.
Esta sucessão acontece em momento muito delicado para a
instituição. Recentemente a mesma sofreu firme tentativa de desmonte e, ao
mesmo tempo, a crise econômica e as opções do governo afetaram seu orçamento.
Devemos aproveitar para discutir que perfil de uma
candidatura para a presidência do INEP:
1.
Que seja comprometida com o fortalecimento da
estrutura da instituição, evitando perda de competências e finalidades.
2.
Que lute para retomar o peso da pesquisa e
produção de indicadores dentro do cotidiano da instituição, hoje totalmente
consumida pela dinâmica das avaliações em larga escala.
3.
Que seja comprometido com o fortalecimento do
público, não aceitando que o privatismo se apodere de mais espaços dentro da
instituição.
4.
Que promova verdadeiro diálogo e garanta
transparência na relação com os pesquisadores, com as entidades da sociedade
civil e demais atores sociais e institucionais.
5.
Que promova firme e sadia relação com os
servidores de carreira, fortalecendo e empoderando os quadros e internalizando
conhecimentos.
6.
Que lute para tornar o INEP uma autarquia com
sólida autonomia administrativa e de produção do conhecimento, pondo fim ao
controle de produção que hoje é feita pelo MEC.
Sei que esses seis pontos já descartariam alguns candidatos,
muito vinculados ao setor privado. Com a palavra os candidatos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário