terça-feira, 14 de setembro de 2010

Taxa de escolarização melhoraram


A nova edição da PNAD revela melhoria na taxa de escolarização em quase todas as faixas etárias. Infelizmente os dados divulgados não citam a faixa de zero a três anos, justamente onde o país está mais atrasado na tarefa inclusiva.

Novamente fica claro que há um esforço significativo da esfera municipal no processo de escolarização. A taxa de escolarização das crianças de quatro e cinco anos passou de 72,8% (2008) para 74,8%, um aumento de dois pontos percentuais. A maior elevação aconteceu na região Sudeste (cresceu 2,8%) e na Centro-Oeste, que cresceu 2,6%.

Mesmo assim, a taxa mais alta de escolarização nesta faixa etária continua com o Nordeste (pelo menos em um indicador esta região lidera), onde 81,4% das crianças estão estudando (cresceu 2,1%). Destaque para a baixa cobertura do Sul (59,5%).

Talvez uma das explicações seja a inclusão (indevida) de crianças de cinco anos no ensino fundamental, mas de qualquer forma merece uma investigação.

A pesquisa mostra uma estabilidade nos números da faixa de seis a quatorze anos, coerente com a quase universalização do ensino fundamental. A variação foi de apenas 0,1%. A região Norte continua com a menor taxa de cobertura (96,2%).

Em relação aos jovens de quinze a dezessete anos a variação foi de 1,1%, chegando agora a 84,1%. Este dado precisa ser desmembrado para verificar quantos efetivamente estão no ensino médio, pois os últimos dados mostraram que um pouco mais de 50% se encontravam na etapa escolar correta nesta idade. O Norte foi onde mais cresceu a cobertura de 2008 para 2009 (2%).

Chama a atenção a leve queda da cobertura escolar de jovens de 18 a 24 anos, que caiu de 30,5% para 30,3%. Esta queda foi provocada por retração na oferta de matrículas no Sudeste e Sul.

Amanhã vou comentar a relação entre rede pública e rede privada que a PNAD divulgou.

Um comentário:

  1. Pode até estar havendo esforço de alguns municípios para colocar crianças nas escola. Porém, aqui no Pará não vejo nada disso, muito pelo contrário, está ocorrendo regressão, isso sim!

    A evasão e falta de vagas adequadas e pessoal qualificado para trabalhar em espaços que são pocilgas, é uma vergonha!!! Isso sim!

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