segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Analfabetismo na nova PNAD


Acaba de ser divulgado pelo IBGE o resultado da PNAD 2009. Infelizmente tal divulgação não obteve muito espaço na mídia, talvez pelo espaço ocupado pelos debates eleitorais (escrevo a palavra “debate” apenas para minimizar a mesmice que se transformou essa eleição).

Um primeiro dado interessante diz respeito ao analfabetismo no Brasil. Continua a tendência de queda lenta do número percentual de analfabetos. Em 2008 tínhamos 10% de brasileiros maiores que 15 anos nesta situação. Em 2009 esse percentual caiu para 9,7%.

Em números absolutos, tínhamos 14 milhões 247 mil e agora este número está em 14 milhões 105 mil. Ou seja, o problema continua sendo imenso e deveria receber mais atenção dos candidatos a Presidência da República, mesmo que nos intervalos do nascimento de netos ou de quebras de sigilo fiscal.

A distribuição do analfabetismo continua concentrada na região nordeste, onde 18,7% continuam nesta situação (contra 19,4% em 2008). Mesmo sendo a região com pior resultado, também é a região este número vem caindo numa melhor velocidade.

Relembro que o Plano Nacional de Educação em vigor (que acaba agora em dezembro) estabeleceu quer o Brasil deveria chegar em 2011 sem analfabetos. Ou seja, saímos de 12,4% (em 2011) e chegamos em 2009 com algo em torno de 9,7%, uma redução de 2,7%. Pelas projeções feitas pelo INEP (2003), caso o ritmo de redução estivesse compatível com o PNE, o Brasil deveria ter apenas 1,6% de analfabetos.

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