segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Negros e o ensino superior


O Brasil continua distante do cumprimento das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação. Dentre as metas que continuam distantes está a garantia de ingresso dos nossos jovens no ensino superior. Pelo texto legal deveríamos:

1. Prover, até o final da década, a oferta de educação superior para, pelo menos, 30% da faixa etária de 18 a 24 anos
2. Ampliar a oferta de ensino público de modo a assegurar uma proporção nunca inferior a 40% do total das vagas, prevendo inclusive a parceria da União com os Estados na criação de novos estabelecimentos de educação superior.


A relação público X privado no ensino superior continua muito distante da meta, pois a PNAD 2008 atestou que apenas 23,7% das matrículas são feitas em instituições superiores.

Em relação a inclusão dos jovens de 18 a 24 anos no ensino superior os mesmos dados apontam que apenas 13,6% conseguiram ingressar naquele ano.

Mas os dados mostram que persiste a desigualdade racial neste atendimento. Dentre os jovens brasileiros brancos 20,5%, ou seja, um a cada cinco, conseguem chegar na universidade na idade correta. Enquanto isso, apenas 7,7% dos jovens negros tem a mesma chance, ou seja, quase um a cada treze jovens.

De 2001 para cá a inclusão de jovens negros tem sido feita em ritmo mais rápido do que o de jovens brancos. A proporção era de 4,4 brancos para cada negro no ensino superior e este percentual caiu para 2,7 em 2008.

Mas a distância continua grande e o ritmo muito lento, mesmo depois dos investimentos feitos no Prouni. Estes dados reforçam a necessidade de se aprofundar a instituição de cotas raciais nas universidades brasileiras.

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