Acaba de ser lançado o caderno "Indicadores da Qualidade na Educação Infantil", um documento que está disponível gratuitamente para que as instituições promovam autoavaliações sobre o todo o processo de ensino-aprendizagem, incluindo temas como saúde, nutrição, família, comportamento, entre outros.
Elaborado em conjunto pelo Ministério da Educação, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a Ação Educativa e a Fundação Orsa, o documento, com 62 páginas, oferece os fundamentos da educação infantil e um roteiro de como professores, diretores, servidores das escolas e a comunidade devem proceder a autoavaliação.
A idéia dos organizadores é de que a qualidade da educação é um conceito amplo, que envolve muitos aspectos, desde o aprendizado, passando pelas condições do prédio e das salas, até as relações entre as crianças, dos adultos com as crianças, e da instituição com as famílias.
Uma das elaboradoras do material, a coordenadora-geral de educação infantil da Secretaria de Educação Básica do MEC, Rita Coelho, disse que o objetivo é incentivar as escolas a construir uma cultura e um compromisso com a qualidade, usando a autoavaliação como ferramenta. “Não é para fiscalizar, não é para medir, não é para comparar”, disse ela ao site do ministério.
Fiquei feliz com a novidade. Acho que esse deveria ser o eixo da proposta de avaliação do ministério, ou seja, reconhecer que é impossível avaliar um aluno, uma escola ou mesmo toda uma rede educacional apenas com a aplicação de provas nacionais.
O comentário da educadora Rita Coelho e o espírito do material remam contra a maré do modelo de avaliação do MEC.
Espero que consiga contagiar o restante do ministério, majoritariamente dominado pela política de ranqueamento das escolas e redes pelos dados fornecidos pelas provas nacionais.
Infelizmente acho dificil que o MEC se "contagie" por este tipo de avaliação. Proposta semelhante voltada para o Ensino Fundamental, organizado pelas mesmas instituições, já existe há vários anos. O material é muito bom. Tivemos a oportunidade de utilizá-lo na Prefeitura de Suzano, entre 2005 e 2006, mas são poucas as redes ou escolas que se dispõe a utilizá-lo. Para que a idéia se dissemine seria necessário que fosse tratada como uma política permanenete, e não apenas como um projeto interessante. Mas é isso, você tem razão Araújo: remar contra a maré... insistentemente.
ResponderExcluirLuiz,
ResponderExcluirComo sempre teu blog dando show. Tenho indicado a leitura dele em todos os momentos possiveis.
Parabéns pelos quinze e tantos mil acessos.
Um grande abraço
Luiz
ResponderExcluirseu blog é "leitura obrigatoria" para educadores e cidadãos interessados na transformação das políticas de educação.
parabéns pela qualidade.
Allan - CASA BRANCA - SP