Matérias da imprensa anunciam que o relator do PNE, deputado Ângelo Vanhoni, deve inserir no seu relatório um percentual intermediário entre os 7% defendidos pelo governo e os 10%, defendidos pela sociedade civil.
Antigamente o movimento social não se contentava com pouco antes de medir todas as suas forças. Hoje em dia muitas lideranças já entram na luta (numa greve, por exemplo) sonhando com algum aceno do governo para não precisar manter o conflito. Tempos novos nem sempre com lideranças novas...
Não tive acesso ao relatório do deputado, mas minha interpretação da notícia é a seguinte:
1. Se o relator e quisesse apresentar uma proposta intermediária, no caso 8,29% do PIB, mas estivesse sendo muito pressionado pelo governo ( afinal faz parte da base de sustentação), seria interessante repassar pra imprensa a notícia e constranger o governo a exigir um recuo. Por isso, acho que quem antecipou o percentual foi o próprio relator.
2. Caso minha avaliação esteja certa é sinal de que o governo não gostou do relatório que circula nos bastidores (infelizmente não tenho acesso a estes bastidores, mas que eles existem, existem!) e forçou o adiamento para retirar do texto tudo que não concorda (alguém ainda lembra de uma coisa chamada independência entre os poderes da República?), dentre outras coisas o percentual maior de gasto pra educação.
Bem, está na hora do deputado Vanhoni mostrar de que barro ele é feito. Se ceder diante das pressões do governo se colocará distante dos interesses do movimento social. Se resistir, será penalizado pelo governo.
A vida é feita de escolhas...
Nenhum comentário:
Postar um comentário