Um dado interessante para que seja avaliado o grau de eficácia de nosso sistema educacional são quantos anos completos de estudo os brasileiros maiores de dez anos conseguem ter.
Em 2009 a média de anos completos de estudos foi de 7,2 anos. A região Nordeste possui o menor índice (6 anos completos) e a região Sudeste o melhor desempenho (7,8 anos). Observando atentamente os dados, fica claro que continuamos sem garantias de equidade no tratamento de brasileiros que vivem no meio urbano e rural. Enquanto um cidadão consegue 7,6 anos completos na área urbana, o brasileiro que vive na área rural consegue apenas 4,6 anos. E se Le estiver na área rural do Nordeste irá conseguir cursar 3,9 anos.
Mesmo dentro do Nordeste há grandes diferenças entre área urbana e rural e entre regiões metropolitanas. Por exemplo, as regiões metropolitanas principais desta região estão acima da média nacional (Fortaleza com 7,5 anos, Recife com 7,9 anos e Salvador com 8,0 anos completos). Do outro lado, as áreas rurais do Piauí e Sergipe possuem as médias mais baixas (3,4 anos).
Dentre os estados o primeiro lugar é ocupado pelo Distrito Federal (9,1 anos), seguido por São Paulo (8,2 anos). No outro extremo encontramos Alagoas (5,4 anos) e o Piauí (5,5 anos).
Certamente que a introdução de mais um ano de escolaridade obrigatória no ensino fundamental e, a partir de 2016, a obrigatoriedade de quatro anos em diante, contribuirá para a elevação dos anos de estudos completos.
Porém, outras medidas, para além do simples acesso são necessárias, especialmente a melhoria das condições de permanência (transporte e escolas para as regiões rurais, acompanhamento de crianças que se evadem etc.) e de oferta (padrão mínimo de qualidade, por exemplo).
O novo Plano Nacional de Educação precisará se debruçar sobre este universo e determinar metas para a próxima década.
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