Li hoje que em Salvador, 539 alunos têm aula em esquema de rodízio e em espaço emprestado por uma igreja. Há mais de um mês, os alunos têm aulas duas ou três vezes por semana em salas emprestadas por um pároco de uma igreja no Rio Vermelho, em Salvador. O prédio do colégio foi condenado pela Defesa Civil por falta de segurança.
Para garantir a continuidade das aulas, a diretora da Escola Municipal Oswaldo Cruz, Ana Carla Pereira de Souza, adotou um sistema de rodízio entre as turmas - o que significa que as crianças, todas matriculadas da 1ª à 5ª séries, têm aulas dia sim, dia não.
Aproveito este caso para criticar a timidez das metas apresentadas pelo governo no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, escopo que será usado para compor a peça orçamentária de 2010.
Um dos programas principais do MEC é o “Qualidade na Escola”. Dentro dele se localiza a ação denominada “Apoio à Reestruturação da Rede Física Pública da Educação Básica”. Para 2010 a proposta do governo é apoiar apenas 420 unidades escolares. Um verdadeiro absurdo.
O mais interessante é que o próprio ministério criou um conceito de municípios prioritários, pelo perfil educacional dos mesmos. Nesta lista constam 1822 municípios. Certamente temos escolas caindo aos pedaços em Salvador, como reproduzi da reportagem de hoje, ou na rede estadual do Pará, como denunciaram insistentemente os professores grevistas recentemente. Mas nos 1822 municípios com piores resultados esta incidência é maior.
Como a União pretende cumprir o seu papel supletivo apoiando apenas 420 escolas durante o próximo ano? É preciso urgente corrigir estas metas.
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