A estratégia do governo e das elites financeiras do país é ir admitindo que o país está próximo da recessão de maneira gradual e segura.
Esta semana a imprensa noticiou mais um capítulo da novela em que o neoliberalismo nos meteu. O governo federal fechou mais uma redução da estimativa de PIB para 2009.
No final de 2008, quando da tramitação da proposta orçamentária, o governo afirmava que a crise era apenas uma “marolinha” e mantinha uma expectativa de crescimento de 4%. Com a chegada da crise econômica no país, o governo reviu para baixo e começou a admitir um crescimento do PIB de apenas 2%.
Nesta semana a equipe de técnicos do Ministério do Planejamento começou a trabalhar com um crescimento de apenas 0,7%. O sempre otimista Ministro da Fazenda mandou que o cálculo fosse arredondado para 1%.
Previsão de crescimento para este ano, que era de 0,7%, foi alterada por decisão do ministro da Fazenda
Nos cálculos da equipe econômica, que serviram de base para elaboração do relatório de avaliação de receitas e despesas, foram considerados distintos cenários para o PIB, sendo o mais pessimista com crescimento "zero" em 2009. Para muitos técnicos, esse "zero" seria hoje o parâmetro mais realista e mais próximo do que também prevê o mercado (queda de 0,5%), mas politicamente é difícil para o governo admitir essa situação. Por isso, os técnicos decidiram incluir no relatório uma previsão intermediária entre 0% e 2%, que seriam os 0,7%.
Infelizmente a política econômica do governo continua beneficiando o capital especulativo detentor de títulos da dívida pública e tratando de ganhar tempo, sempre sonhando com uma leve retomada da economia e tentando minimizar os possíveis prejuízos eleitorais em 2010.
A novela caminha para um desfecho em que a conta da produção será paga pelos que vivem do trabalho
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